Juçara Marçal e Rico Dalasam falam sobre ancestralidade, cultura e futuro no podcast Nos Encontramos na Música.

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Com apresentação de Sarah Oliveira, os convidados conversam a respeito da importância de conhecer as nossas raízes para entender as heranças culturais e construir novas referências.

O que muda quando a gente se conecta com a nossa ancestralidade? Conhecer o passado nos permite entender melhor a nossa identidade individual e coletiva e construir novos imaginários e referências para o futuro. Esse é o tema do terceiro episódio do podcast Nos Encontramos na Música, que chega nesta quinta-feira, 25, às plataformas digitais.

Para a conversa, Sarah Oliveira recebe dois artistas ímpares em suas trajetórias e nas relações que eles estabelecem com suas origens através da música e da arte. No programa, batizado como “Música e a Expressão da Nossa Identidade”, Juçara Marçal, professora, cantora e atriz radicada em São Paulo, e Rico Dalasam, rapper, cantor e compositor, nascido e criado em Taboão da Serra, região metropolitana de São Paulo, batem um papo sobre ancestralidade, heranças e referências culturais para a construção da própria história.

Nós, pessoas negras, temos sido muito chamadas para falar sobre ancestralidade. Isso acontece, sobretudo aqui no Brasil, porque estamos tratando de violência, de massacre, algo que foi tirado de nós. Falar de ancestralidade, no nosso caso, é falar dessa necessidade de reconstrução das nossas raízes“, explica Juçara. OUÇA AQUI

Para a artista, no que diz respeito a música e ancestralidade, as rodas de samba sintetizam o desejo das pessoas negras por afetividade e conexão: “As rodas são espaços de afetividade e têm tudo a ver com tradição. A troca que você tem em uma roda de samba, de pagode, em uma festa de congado, a afetividade está ali o tempo todo, ela transborda não só nos temas das músicas, mas na forma de acontecer o encontro. São essas conexões que dão vida e força para a coisa continuar. É essa possibilidade da conexão que é algo muito central da herança africana“, explica.

Rico Dalasam complementa que a música pop produzida por pessoas negras e periféricas em todo o Brasil tem em sua essência um desejo de aceitação, auto-estima e amor. “Essas músicas falam sempre muito sobre o desejo pelo afeto. O pagode tem muito disso. E a subjetividade pelo afeto também está presente em qualquer coisa que eu faça. Colocar no mundo que eu sou um ser amável, que eu sou alguém que ama e não estou aqui para ser apenas resistência“, explica o cantor.

A coisa mais legal da música é perceber que você, enquanto artista, estabeleceu um caminho para conexões que a pessoa vai fazer. Ela me ouve cantando ‘Trovoa’ e vai atrás do Maurício Pereira, depois vai ouvir Os Mulheres Negras e pensar na música dos anos 1980. Essa possibilidade de a pessoa fazer as próprias conexões e encontrar o que a move é uma das coisas mais legais de ser artista“, reitera Juçara.

Liderado e produzido pela Virtue, agência criada a partir da Vice e responsável pela comunicação de @NaturaMusical, a série foi gravada de forma remota devido ao isolamento social provocado pelo novo Coronavírus.

O programa recebe, nas cinco conversas que compõem a temporada, artistas e personalidades fundamentais para a construção e o legado da música e da cultura brasileira, como Gilberto Gil, Emicida, Linn da Quebrada, Letrux, Ailton Krenak, Elza Soares, Dona Onete, entre outros. Os próximos episódios, que tratam de temas acerca da ancestralidade, da transformação social a partir da música e da diversidade cultural, serão lançados quinzenalmente, sempre às quintas-feiras.

Nós acreditamos nos encontros – musicais e de ideias – como ferramenta para a transformação. Para nós, a cultura é fundamental para construir um mundo mais bonito, pois tem o poder de promover a pluralidade, inclusão e a sustentabilidade ao ser uma potente ferramenta de engajamento e mobilização de público” afirma Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding.

Com o podcast Nos Encontramos Na Música, vimos a oportunidade de registrar e disponibilizar algumas conversas e reflexões, para um público mais amplo, em temas urgentes e potentes“, finaliza.

Podcast Nos Encontramos na Música

  • Apresentação: Sarah Oliveira
  • Convidadas: Juçara Marçal e Rico Dalasam
  • Plataformas: Spotify, YouTube, Google Podcasts, Apple Podcasts e demais agregadores
  • Data de estreia: quinta-feira, 25 de fevereiro
  • Novos episódios quinzenalmente, sempre às quintas-feiras

Ficha técnica

  • Título: Podcast Nos Encontramos na Música
  • Via: Natura Musical
  • Agência: Virtue
  • Direção Criativa: Gabriel Klein e Rafael Santos
  • Criativo: Evandro Pimentel
  • Planejamento: Ademir Viana
  • Direção de Arte: Bianca Berti
  • Account: Mirella Payola
  • Gerência de Projeto Juliana Ribeiro e Luciana Nogueira
  • Roteiro: Evandro Pimentel, Marcela Ponce de Leon e Sheylli Caleffi
  • Direção: Sheylli Caleffi
  • Produção: Marcela Ponce de Leon
  • Edição, montagem, finalização e mixagem: Gui Dellacolletta
  • Apresentação: Sarah Oliveira

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