Mano Brown participa de coletiva comentando a estreia do podcast “Mano a Mano” no Spotify

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Em 16 episódios inéditos o rapper espera reforçar o poder da escuta, o valor do diálogo e a importância da conexão com perspectivas plurais. Todas as quintas no Spotify.

Um contador de histórias nato, como todo rapper, Mano Brown tem uma carreira extremamente consistente, construída ao longo de mais de 30 anos integrando o Racionais MC’s. Entretanto o homem considerado hábil com poucos para um papo reto com todas as quebradas, vem buscando novos meios de expandir as suas ideias, compartilhar conhecimentos e gerar diálogo.

Sendo assim, Mano Brown sobe o nível dos podcasts nacionais, estreando no streaming. Juntamente com as produtoras MugShot e Boogie Naipe e co-direção criativa da Agência GANA, Brown apresenta seu novo projeto, o podcast “Mano a Mano“, que vai ao ar nessa quinta-feira (26).

Para falar sobre nova essa empreitada, Mano Brown participou nessa terça-feira (24) de uma conversa promovida pelo Spotify com jornalistas. À primeira vista bem confortável, de camisa estampada, chapéu e corrente à mostra, Brown foi direto nas respostas:

“No Brasil, a informação é negada, principalmente, para o povo afro. A ideia é apresentar conteúdos úteis que nem sempre chegam nas pessoas. É entretenimento, mas também vamos levar informação”, resumiu.

Convidados polêmicos

Assim como sugere o nome, “Mano a Mano” traz Brown em um encontro de frente com personalidades de cenários do esporte à política, da música à religião. Karol Conká, Drauzio Varella, pastor Henrique Vieira, Vanderlei Luxemburgo e Fernando Holiday são alguns dos nomes confirmados. No entanto, assim que anunciados, alguns nomes já geraram uma certa desconfiança por envolvimento em polêmicas e até mesmo devido posicionamento político.

O Mano a Mano é uma continuidade do que acontece no meu dia a dia. Eu não sou cercado apenas por pessoas que pensam como eu, então a gente conversa e debate. No podcast, não quero criar confronto de ideias, mas abrir uma possibilidade de diálogo“, comenta Mano Brown, definindo os convidados como “diferentes, controversos, amados e odiados”.

Sintonia com a nova geração

A experiência de gravar um podcast tem sido desafiadora para Mano Brown. “É uma atividade em que não sou consagrado. Estou tendo que aprender comunicação, jornalismo. Parece simples quando você está vendo televisão”; avaliou o rapper, revelando ter buscado inspiração em Thaíde em alguns momentos.

Mano Brown também destacou a importância dos profissionais de imprensa e trabalhos de assessoria. “Se tem alguém que está aprendendo com essa experiência, essa pessoa sou eu. Mas estou bem assessorado por uma equipe black“, complementando e fazendo referências aos envolvidos na produção.

Em um determinado momento perguntado de alcance que o rap vem tendo nos dias atuais, Brown fez questão de citar alguns dos principais nomes do rap brasileiro em evidência. O líder do Racionais elogiou Matuê, Djonga e Orochi, porém não esqueceu de Hungria, Kayblack, Caverinha, Kyan, pelo espaço que conquistaram. Assim como Emicida, mestre na Universidade de Coimbra, em Portugal, também exaltado por Mano Brown.


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